sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ANA ROSA BARATA COELHO FRANCISCA ANDRÉIA NOBERTO DANTAS Quixeramobim-Ce 2011 INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO ENSINO REGULAR NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL PE. JOSÉ VAN ESCH






MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA ALFABETIZAÇÃO E
DIVERSIDADE - SECAD

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO
CEARÁ - IFCE

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO

EM PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO COM ÊNFASE NA DIVERSIDADE



   

ANA ROSA BARATA COELHO
FRANCISCA ANDRÉIA NOBERTO DANTAS

Quixeramobim-Ce
2011

INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO ENSINO REGULAR NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL PE. JOSÉ VAN ESCH



Ficha Catalográfica

COELHO, Ana Rosa Barata. DANTAS, Francisca Andréia Noberto

Inclusão do aluno com deficiência auditiva no ensino regular na Escola de Ensino Fundamental Pe. José van Esch

Quixeramobim - CE, 2011

34 folhas

SOUZA, Sônia Regina Sena de

Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE

Trabalho de Conclusão Curso de Especialização em Produção de Material Didático com ênfase na diversidade








ANA ROSA BARATA COELHO
FRANCISCA ANDRÉIA NOBERTO DANTAS


INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NO ENSINO REGULAR NA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL PE. JOSÉ VAN ESCH

Aprovada em:

_____/_____/_____
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso
Trabalho de conclusão de curso submetido à Coordenação do Curso de Pós-graduação     em     Produção de Material Didático com Ênfase na Diversidade, como exigência para a obtenção do título de Especialista.


BANCA EXAMINADORA

______________________________________

Orientador (a)

Instituição

______________________________________

Examinador (a)

Instituição

______________________________________

Examinador (a)

Instituição



DEDICATÓRIA

À DEUS PELA FORÇA E SABEDORIA. AOS NOSSOS FAMILIARES PELA COMPREENSÃO DOS MOTIVOS QUE NOS FIZERAM AUSENTES EM ALGUNS MOMENTOS DE SUA VIDA.



AGRADECIMENTOS



                               
Ao longo do período da especialização, muitas pessoas passaram por nossas vidas, deixando marcas e lições para toda ela, proporcionando-nos alegrias, conhecimento e crescimento pessoal. Neste momento gostaríamos de agradecê-las, pois, de alguma forma, contribuíram para a conclusão desta etapa.
Agradecemos em especial ao Pólo da Universidade Aberta do Brasil (UAB), Quixeramobim-Ce, pela infra-estrutura, apoio e incentivo; como também a tutora presencial Roselina Nunes de Almeida e a tutora orientadora Sônia Regina Sena de Sousa, bem como toda a equipe da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD).
Agradecemos mais uma vez aos nossos familiares, amigos, companheiros de sala pelo apoio, a amizade e a compreensão em todos os momentos dessa trajetória.






Para trabalhar a diversidade, é preciso considerar a(s) cultura(s) como teia de significados que enlaça(m) os humanos em sua trama e os distinguem a partir do conjunto de comportamentos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam as diversas sociedades ou grupos sociais, o que abrange para além das letras e das artes; os modos de vida; as maneiras de viver e conviver; os sistemas políticos, jurídicos, religiosos, econômicos e sociais; as tradições; os valores; e as crenças (GEERTZ, 1989).




RESUMO


Este projeto de intervenção tem como objetivo debater a problemática que envolve a inclusão do aluno surdo no ensino regular, propondo-se analisar fatores envolvidos em tal problemática a partir da visão dos professores que atendem pessoas com surdez em salas regulares. Para tanto foi utilizada como metodologia de estudo, além de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo como: entrevistas e questionários com professores da rede municipal de ensino da Escola de Ensino Fundamental Pe. José van Esch, na cidade de Quixeramobim – Ceará.  Para realização deste trabalho procuramos o aparato legal da Constituição Federal do Brasil de 1988 que assegura o direito à educação especial, LDBEN de 1996 que retrata a importância da adaptação curricular para os alunos com necessidades especiais, bem como a formação adequada para os professores que atuam nesta modalidade de ensino, utilizamos também os estudos de (ALMEIDA 2000), (GOLDFELD 1997), ( CAVALCANTE 2006), entre outros. A importância de discutir este tema justifica-se pelo fato de a inclusão educacional, principalmente nas escolas públicas, ser uma realidade que diverge dos parâmetros que a orientam. Concluímos com algumas sugestões para suprir as dificuldades identificadas no âmbito da escola.

Palavras-chave: Inclusão - Aluno surdo – Escola – Professores - Educação especial.























































SUMARIO





 1. INTRODUÇÃO............................................................................................
 2. METODOLOGIA.........................................................................................
3.      REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................
4.      RESULTADO DA PESQUISA..................................................................
5.      CONCLUSÃO............................................................................................
6.    REFERÊNCIAS..........................................................................................
7.    ANEXOS.....................................................................................................



11
13
15
23
26
28
31





























INTRODUÇÃO



Durante muitos anos, a educação das pessoas com Necessidades Especiais desenvolveu-se de forma preconceituosa, prevalecendo à segregação. Para melhor entender o processo de construção de uma escola inclusiva, como também compreender os aspectos ou fatores que contribuem para integração de alunos surdos em turmas regulares, realizamos uma pesquisa na Escola de Ensino Fundamental Pe. José Van Esch, visto que já trabalha com essa realidade e sendo a primeira no município em incluir alunos surdos em salas regulares. A mesma foi inaugurada no dia 16 de julho de 1999, funcionando apenas no período diurno, onde sua clientela estudantil é oriunda dos vários bairros da cidade e também da zona rural.
A instituição trabalha com cinco turmas pela manhã do primeiro ao quinto ano e a tarde com seis turmas do segundo ao sexto ano, totalizando trezentos e dois alunos. O corpo docente é composto por treze professores habilitados nas diversas áreas. O núcleo gestor é constituído por uma diretora geral, um coordenador pedagógico e uma secretária geral escolar. Completando o quadro de funcionários: oito auxiliares de serviços, dois funcionários de manutenção de serviços gerais.
A presente pesquisa pretende diagnosticar alguns elementos que emergem no trabalho pedagógico do ensino fundamental diante do processo de inclusão do aluno surdo que frequenta a referida escola. Sabe-se que para que haja essa inclusão, precisamos sensibilizar todos os funcionários da escola. Há muito que se fazer para que realmente essa inclusão aconteça, pois não é um processo fácil, é preciso ser visto como um processo social que envolve todos que se preocupam em educar.
A investigação teve uma abordagem predominantemente qualitativa, fundamentada na pesquisa bibliográfica com os autores: ALMEIDA 2000, que defende o bilinguismo, GOLDFELD 1997, confirma o direito à inclusão em salas regulares para crianças com necessidades especiais e através de CAVALCANTE 2006, nos reportamos a inclusão no ambiente escolar como espaço apropriado para o aprendizado da convivência entre os diferentes.
Mediante observação na referida escola, percebemos que os professores sentem-se desafiados em promover a inclusão dos alunos surdos na turma do 6º ano, visto que não foram preparadas para esta função dificultando assim a comunicação entre eles, comprometendo o processo ensino aprendizagem.
A partir das questões evidenciadas, realizamos este trabalho com o objetivo de sensibilizar o meio acadêmico, os pais, os professores que trabalham ou não, com educação especial e a própria comunidade em geral, a estarem atentos aos problemas encontrados pelos portadores de deficiência auditiva, bem como, apontar alternativas para que a problemática do surdo seja revista no contexto escolar, subsidiando aos professores em exercício com formação adequada para execução de práticas inovadores e eficazes que promovam a interação e o conhecimento entre as partes.
As ações que substanciaram este projeto aconteceram nos meses de maio e junho do ano em curso com as seguintes atividades:
  • Visitas à escola para observação e conversa com os gestores;
  • Conversa informal com a turma do 6º ano;
  • Aplicação de questionário com os professores;
Para dar sustentabilidade ao processo de inclusão de alunos surdos em sala regular, percebemos que é necessário sistematizar todas as informações com a comunidade escolar para que possam estar mobilizados assumindo co–responsavelmente a efetivação desse processo, desse modo, estaremos dando um passo definitivo contra a exclusão e a favor da inclusão, contribuindo para que a escola se modernize e atenda às exigências de uma sociedade que não admite preconceito, discriminação, barreiras sociais, culturais ou pessoais.











METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente projeto se faz necessário considerar a formação integral do educando numa ação interativa e constante entre as pessoas que fazem a escola. A pesquisa foi realizada em uma Escola de Ensino Fundamental que funciona em período diurno, na cidade de Quixeramobim, sendo observadas as ações pedagógicas de professores da referida instituição, responsáveis pelo 6º Ano.
Posteriormente fizemos uma entrevista semi-estruturada com os mesmos para analisarmos como se dá a inclusão dos alunos surdos nesta instituição, as questões que caracterizam esta problemática no contexto da escola e os aspectos ou fatores que contribuem para integração de alunos surdos em turmas regulares.
Há muito que ser feito para que realmente essa inclusão aconteça, pois não é um procedimento fácil, é preciso ser visto como um processo social que envolve todos os envolvidos no propósito de educar.
Atualmente a inclusão nas salas de aulas regulares, é necessária. No entanto para que aconteça de fato e de direito é preciso contribuir com a interação e a integração de todos na expressão de suas habilidades, na convivência humana onde todos sejam acolhidos e respeitadas as diferenças de cada um.
Dessa maneira, concordo com Goldfeld (1997), quando diz:
A escola deve promover o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo moral e social dos alunos com necessidades educacionais especiais e ao mesmo tempo facilitar-lhes a integração na sociedade como membros ativos. Mas, para que isto aconteça, é importante que o indivíduo com necessidades educacionais especiais seja visto como um sujeito eficiente, capaz, produtivo e, principalmente, apto a aprender.

Na verdade, ainda persistem muitas polêmicas sobre o significado real de integração, muitas vezes as pessoas envolvidas nesse processo procedem conforme as normas institucionais, não conduzindo uma integração educacional efetiva, nesse caso há uma mera integração física, e não um atendimento específico que venha atender as necessidades do deficiente, principalmente o auditivo que requer de especificidade em sua comunicação, variando de acordo com o nível de perda auditiva.
Sabemos que, ainda há muito que fazer, pensar, pesquisar, discutir e debater sobre esse assunto, que por si só é tão complexo. As possibilidades não se esgotam com esta pesquisa, tão pouco, consideramos encerrado as discussões sobre o tema.
Esperamos que através deste trabalho possamos despertar nos educadores, novo olhar e novas possibilidades para que o deficiente auditivo possa ter seu direito assegurado enquanto cidadão.







































REFERENCIAL TEÓRICO


CONTEXTO HISTÓRICO: EDUCAÇÃO DE SURDOS


Na Antigüidade, por possuírem características divergentes daquelas instituídas pela sociedade dita “normal”, eram vistos “[...] com piedade e compaixão, como pessoas castigadas pelos deuses ou como pessoas enfeitiçadas, e por isso eram abandonados ou sacrificados.” (GOLDFELD,1997, p. 24).
No fim da Idade Média e início da Idade Moderna, predominavam as filosofias humanísticas, com isso, houve uma valorização do ser humano e, consequentemente, as pessoas com necessidades especiais passaram a ser alvos de organizações religiosas e filantrópicas; as deficiências, antes vistas como algo sobrenatural, passaram a ser tratadas como doença.
O drama dos surdos é menos ligado à sua enfermidade do que às razões psicológicas que rapidamente se transformam em efeitos patológicos. A causa profunda desse drama encontra-se ligada à incompreensão da sociedade que não o vê como diferente e, sim, como deficiente. (ALMEIDA, 2000)
  No século XVIII, houve grande aumento no número de escolas para surdos e a comunicação era feita por meio da linguagem de sinais.
 A educação do surdo no Brasil, teve início em 26 de setembro de 1857, com o Imperial Instituto de Surdos Mudos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES), fundado pelo professor francês Hernest Huet, que era surdo, com o apoio do Imperador Dom Pedro II.
A partir de 1860, surgiram alguns opositores à língua de sinais que, influenciados pelos avanços tecnológicos da época, passaram a defender a aprendizagem da comunicação oral pelos surdos.
O Oralismo prevaleceu até o início da década de setenta. A partir desta data, a insatisfação de educadores e surdos com a comunicação oral deu origem a outro método de comunicação, que abrangia tanto a linguagem de sinais quanto outros códigos manuais, denominado Comunicação Total.
Na década de 80, surge o Bilingüismo, ou seja, o surdo utiliza a linguagem de sinais em algumas situações e em outras a língua oral.
No final dos anos 80 e início dos anos 90, nos países mais desenvolvidos, surgiram movimentos de inclusão social que reivindicavam a construção de uma sociedade para todos. Nesse período, surgiu a “educação especial” para crianças com deficiência. Goldfeld (1997, p. 14) define a educação especial como um movimento universal e democrático de ensino cuja finalidade é a de assegurar às crianças com necessidades especiais, que não participam dos processos regulares de ensino, o direito de freqüentar uma escola.
Na década de 90, com a Declaração Mundial de Educação para todos (ONU, 1990), a sociedade começou a perceber que as pessoas com deficiência, quando tinham acesso a escolarização e treinamento, tornavam-se produtivas e colaboradoras. Esse pensamento de integração proporcionou o surgimento de classes especiais dentro de escolas comuns.
Tomando por base a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), os países desenvolvidos foram os pioneiros na implantação de classes inclusivas e de escolas inclusivas.
Inspirado no Plano Decenal de Educação para todos (BRASIL, MEC, 1993) e nas mudanças educacionais que ocorriam no mundo, as políticas de Diretrizes da Educação Especial começaram a mudar e passaram a ter subsídios na proposta da inclusão.
Segundo Sassaki (1997, p.17):
O movimento de inclusão em países em desenvolvimento, como o Brasil, só tomou força nos primeiros 10 anos do século XXI, mas tem promovido discussões e envolvimento de todos os países. Dentro deste contexto, a educação no Brasil caminha gradativamente para assegurar a todos, sem discriminação, o direito à educação.

                                                                          
Com as políticas e leis que asseguram e norteiam à inclusão, as escolas estão sendo chamadas a levar em conta a ampla diversidade das características e necessidades dos alunos; adotar um modelo centrado no desenvolvimento destes e não apenas em conteúdos programáticos; dar ênfase à aprendizagem e prepará-los para o convívio social e profissional.
A educação especial deve deixar de ser um sistema paralelo à educação para integrá-la como um conjunto de recursos pedagógicos e de serviço de apoio, que facilitem a aprendizagem de todos os alunos com necessidades especiais incluídos no ensino regular.



CONCEITO DE INCLUSÃO E EDUCAÇÃO ESPECIAL
Nos últimos anos, temos ouvido, com maior frequência, o uso do termo inclusão: inclusão de Pessoas com Necessidades Especiais, inclusão digital, inclusão social, inclusão no mercado de trabalho, entre outros. Mas qual é a definição de inclusão?
Se procurarmos em dicionários, descobriremos que inclusão é o ato ou efeito de incluir, ou seja, tornar-se parte de algo. E não é isso exatamente o que as pessoas com necessidades especiais querem? Ou seja, fazer parte da sociedade a qual pertencem?
Para Sassaki (1997, p. 171), “A inclusão social é o processo pelo qual a sociedade e a pessoa com deficiência procuram adaptar-se mutuamente tendo em vista a equiparação de oportunidades e, conseqüentemente, uma sociedade para todos”.
No que se refere à Educação Especial, o Dicionário Aurélio (2004) define inclusão como “O ato de incluir pessoas portadoras de necessidades especiais na plena participação de todo o processo educacional, laboral, de lazer, etc., bem como em atividades comunitárias e domésticas”.
Em documentos oficiais, é comum a utilização do termo integração como sinônimo de inclusão. No entanto, muitos autores defendem a significação distinta de ambas as expressões. Sassaki (1997, p.42) define integração como ”inserção da pessoa com deficiência preparada para conviver na sociedade” e inclusão como “modificação da sociedade como pré-requisito para a pessoa com necessidades especiais buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania”.
O termo inclusão tem sido em muitos casos compreendido do ponto de vista social, que é apenas incluir, colocar junto com outros e ponto final. Num ambiente verdadeiramente inclusivo, convivemos com as diferenças, buscando objetivos comuns, com as mesmas possibilidades de fracasso, mas também com perspectivas de realizações conjuntas. Afinal “a inclusão ensina a tolerância para todos os que estão diariamente na escola e para a comunidade” (CAVALCANTE, 2006, p. 36).
Quando discutimos a inclusão educacional, partimos do princípio de que cada indivíduo tem suas potencialidades e necessidades especiais, e que essas devem ser respeitadas para que, assim, todos os alunos consigam progredir em seu processo de ensino aprendizagem. Mas como fazer para que todos consigam caminhar juntos apesar de tantas diferenças? Almeida (2000, p. 3) afirma que “Surdos e ouvintes têm línguas diferentes, mas podem viver numa única comunidade, desde que haja um esforço mútuo de aproximação pelo conhecimento das duas línguas, tanto por ouvintes como por surdos”.
Devemos rever a idéia de que as diferenças são um problema, assumindo que elas são inerentes a qualquer pessoa e proporcionam o enriquecimento do processo social e educativo do indivíduo.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ESCOLA INCLUSIVA
A educação é um direito de todos e os alunos com necessidades especiais têm garantido o direito de estudar em classes comuns, recebendo atendimento educacional especializado, é o que asseguram os artigos 205 e 208, inciso III da Constituição Federal do Brasil (BRASIL, 1988).
Com a Conferência de Jomtiem, na Tailândia, em 1990, e a Conferência de Salamanca, na Espanha, em 1994, o Brasil assumiu o compromisso de implantar políticas que visem à inclusão de pessoas com necessidades especiais em todos os setores e seguimentos da sociedade.
No que se refere à escola inclusiva, parte-se do princípio de que todos os alunos devem ter igualdade de oportunidades e devem aprender juntos, independente de suas dificuldades ou diferenças. Para que isso ocorra, as escolas devem adequar-se a todos os alunos, adotando uma pedagogia que leve em consideração suas características individuais, auxiliando em seu processo de aprendizagem e proporcionando ações que favoreçam interações sociais, com práticas heterogêneas e inclusivas previamente definidas em seu currículo, como determina a LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), em seu artigo 59, quando afirma que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos com necessidades especiais adaptação curricular e metodológica, técnicas e recursos educativos específicos que atendam às necessidades características de cada indivíduo.
Para que de fato aconteça uma verdadeira educação inclusiva, é necessário que ocorram mudanças, não só na estrutura física, organizacional e pedagógica da escola, mas também nas concepções e atitudes dos professores.
Segundo a Resolução 02/2001, que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, “A formação dos professores para o ensino na diversidade, bem como para o desenvolvimento de trabalho de equipe são essenciais para a efetivação da inclusão” (BRASIL, 2001).
A LDBEN (BRASIL, 1996) em seu artigo 59, inciso III, enfatiza a importância da formação do professor que pretende atuar em escola inclusiva, seja por meio de capacitação ou especialização, para que este esteja apto a trabalhar com a diversidade de seus alunos.
Os alunos com deficiência auditiva, de acordo com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial (BRASIL, 2001), devem estudar em sala de aula comum, com apoio de professor intérprete de libras e outros serviços de apoio pedagógico especializado (médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, etc.) ou em sala de recursos, como complementação curricular.
Almeida (2000, p. 4) assegura que:
Com a grande procura por novas abordagens educacionais e a reestruturação de programas educacionais para o surdo em todo mundo, torna-se necessária uma revisão histórica, ainda que rápida, para melhor situar a evolução das abordagens utilizadas com surdos até o momento.

 Percebemos uma mobilização do sistema educacional brasileiro, pelas iniciativas de capacitação de professores e profissionais da área, procurando um melhor atendimento de pessoas com necessidades especiais na rede regular de ensino.
A escola inclusiva é uma realidade que está sendo construída de forma gradativa. Ainda são poucos os exemplos de sucesso que nos chegam ao conhecimento, contudo, é indispensável que abracemos essa idéia para torná-la realidade em todo o país.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Abordamos neste capítulo, de forma simples e clara, alguns conceitos e definições que julgamos ser de grande importância para o profissional da educação melhor entender as nomenclaturas e características próprias de cada indivíduo com deficiência auditiva.
Fazemos uso da expressão “deficiência auditiva” para abranger todos os graus de surdez ou ausência total de audição.
Para melhor conceituar a deficiência auditiva, precisamos não apenas conhecer os diferentes graus de perdas auditivas do indivíduo, mas também o contexto histórico, social ou educacional ao qual está inserido, considerando sua forma única e singular de ver e ouvir o mundo, assim como seu relacionamento com a sociedade a qual pertence.
Segundo o decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, em seu artigo 2º:
[...] considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras. Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Para Almeida (2000, p.19), a deficiência auditiva é dividida em três grupos: condutiva, mista e neurossensorial, classificando-a de acordo com o grau de desvio em:
• Normal (0-25 dB),
• Leve (26-40 dB),
• Moderado (41-70 dB),
• Severo (71-90 dB),
• Profundo (acima de 91 dB),
• Anacusia.
A perda auditiva implica tanto mudanças sociais e educacionais quanto psicológicas. Luchesi (2003, p. 18) explica que “[...] a surdez acarreta dificuldades aos indivíduos em qualquer sociedade de qualquer tempo. Contudo, não deve ser vista como um fenômeno a-histórico e, como tal, permanecer estática através dos tempos”.
Habitualmente atribuímos à pessoa com deficiência auditiva a incapacidade de compreender a fala humana, como resultado de um problema clínico, ou seja, uma doença que deve ser tratada, como se a comunicação só fosse possível pela linguagem oral, fazendo-o ir busca da correção de seu problema, isto é, de sua “normalização”.
A surdez em si não é o infortúnio; o infortúnio sobrevém com o colapso da comunicação e da linguagem. Se a comunicação não pode ser obtida, se a criança não é exposta à língua e ao diálogo apropriados, verificamos todos os reveses [...] ao mesmo tempo linguísticos, intelectuais, emocionais e culturais. (SACKS, 1998, p.130)
A aquisição de uma linguagem própria, como é o caso da língua de sinais, faz-se necessário para que a pessoa com deficiência auditiva possa comunicar-se com o meio social em que está inserido e assim desenvolver suas habilidades educacionais e profissionais.
CARACTERÍSTICAS DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Os alunos com deficiência auditiva apresentam características diferentes dos demais alunos, por isso requerem recursos pedagógicos e metodológicos específicos para o seu desenvolvimento escolar.
Almeida (2000, p. 17) afirma que:
[...] a pessoa surda é constituída biologicamente como todos nós, e, desta forma, apresenta possibilidades de operar mentalmente sobre o mundo, observando, comparando e tirando conclusões, dentro de suas trocas sociais. Assim sua dificuldade não se deve a uma condição biológica, mas às circunstancias que lhe dificultam o desenvolvimento de recursos apropriados para agir sobre o mundo e de realizar trocas para a superação dessa dificuldade.

O aluno com deficiência auditiva, para comunicar-se, faz uso em alguns casos de gestos caseiros, desenvolvidos no convívio familiar, comunicação oral, leitura labial e LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
Há no Brasil três filosofias educacionais específicas para pessoas com deficiência auditiva ou surda. São elas:
• Oralismo - o surdo desenvolve a língua oral (no caso do Brasil, o português) que deve ser a única forma de comunicação.
• Comunicação Total – a comunicação desenvolve-se por meio de diversos recursos linguísticos como códigos manuais, linguagem oral e língua de sinais.
• Bilingüismo – o surdo deve adquirir como língua materna a língua de sinais e, como segunda língua, a língua oficial de seu país.
Segundo Goldfeld (1997, p. 47), tanto para a pessoa com deficiência auditiva quanto para o ouvinte, o pleno desenvolvimento de suas capacidades lingüísticas, emocionais e sociais desempenha um papel determinante para seu desenvolvimento como pessoa.
A família apresenta-se como fator principal no que diz respeito à aprendizagem das questões sociais básicas da pessoa com deficiência auditiva, pois é na primeira infância que a ausência da voz dos pais acaba sendo compensada com outros estímulos como: sorrisos, carícias, expressões, etc. Conforme cresce, convive e interage cada vez mais com pessoas fora do círculo familiar.
Ser surdo, nascer surdo, coloca a pessoa numa situação extraordinária; expõe o indivíduo a uma série de possibilidades lingüísticas e, portanto a uma série de possibilidades intelectuais e culturais que nós, outros, como falantes nativos num mundo de falantes, não podemos sequer começar a imaginar. (SACKS, 1999, p.129)
É importante que a pessoa com deficiência auditiva seja estimulada para ter uma boa auto-estima e a aceitar-se, pois esta, quando inserida em ambientes escolares que não sejam inclusivos, tendem a isolar-se ou apresentar comportamentos anti-sociais.
Almeida (2000, p.9) afirma que:
O desenvolvimento escolar da criança surda é igual ao dos ouvintes, não havendo relação entre o atraso da aquisição dos conhecimentos e a idade, e que a interação entre ambos durante as atividades escolares é de extrema importância para o desenvolvimento do respeito entre as duas línguas.
O papel da escola é quase tão importante quanto o da família, visto que proporciona à pessoa com deficiência auditiva a convivência num grupo social mais amplo e diversificado.











RESULTADO DA PESQUISA

A presente pesquisa é um estudo em que se aspira mostrar alguns elementos que evidenciam o fazer pedagógico dos professores da rede regular de ensino frente ao processo de inclusão dos alunos surdos.
Utilizamos como instrumento de pesquisa uma entrevista aberta, onde os docentes que possuem alunos surdos inseridos em suas salas de aula foram convidados a participar. Procuramos esclarecer que a participação seria opcional. Em um segundo momento, dirigimo-nos à direção da escola e apresentamos a proposta, obtendo assim a permissão para a realização do trabalho de pesquisa. Posteriormente, retornamos a escola em horário previamente agendado, para aplicação da entrevista. Após a coleta de dados realizamos a análise do material, buscando sermos fiéis aos relatos dos professores participantes da pesquisa.
Apresentaremos as considerações dos professores entrevistados em relação às experiências encontradas no trabalho educativo com alunos surdos. Para que a identidade dos professores colaboradores seja preservada, no decorrer do trabalho, os mesmo serão identificados com letras de A à C.
A primeira questão diz respeito à forma que a comunicação é utilizada em sala de aula com alunos surdos:
-Professor A: Explicar devagar e colocar o aluno surdo na frente.
-Professor B: Utilizo a comunicação oral e muitos gestos.
-Professor C: Tem dificuldade em se comunicar, mas tenta falar com ele através de gesto que o próprio aluno expressa.
A fala dos professores nos mostra claramente que a insegurança é muito forte. Percebemos que eles tentam incluir o aluno surdo com as armas que possuem “a comunicação visual”.
Na questão dois perguntamos diretamente aos professores em relação à capacitação recebida para trabalhar com alunos surdos:
-Professor A: Não recebi nenhuma capacitação
-Professor B: Não
-Professor C: A única capacitação que recebi foi somente teórica.
Percebemos que foram unânimes suas respostas quando responderam que não tiveram nenhuma preparação do professor para atuar na sala de inclusão, e os mesmos mostraram certo acanhamento ao responderem. O fato dos professores exporem que não receberam capacitação, não sentindo-se preparados para trabalharem com a inclusão, é real, e acontece com grande parte dos professores da rede regular de ensino.
A questão três indaga o professor em relação a forma que é realizada a inclusão do aluno surdo na sala de aula:
-Professor A: Só é muitas vezes realizada a inclusão social, porque na maioria a aprendizagem é comprometida.
-Professor B: A inclusão não é feita da forma que se pretende.
-Professor C: No meu entendimento a escola e ou Secretaria Municipal de Educação deveria oferecer uma equipe multidisciplinar, que não é o nosso caso.
Percebemos na fala dos entrevistados que muitas vezes o aluno fica excluído pela deficiência desse profissional na comunicação, refletindo diretamente na aprendizagem desse aluno.
Na questão quatro solicitamos que os professores coloquem seus pareceres em relação à inclusão do aluno surdo na rede regular de ensino e o que seria necessário para que a qualidade da inclusão dos alunos surdos alcance êxito:
-Professor A: Os professores deveriam receber cursos de capacitação, ter menos alunos na sala, ter material adequado e principalmente contar com um professor interprete.
-Professor B: É necessário que estes alunos tenham atendimento especializado, tendo em vista que a escola não tenha só o comprometimento social e sim educacional, e que as famílias desses alunos participem mais da vida escolar.
-Professor C: Que o professor e o aluno compreendam e se apropriem da LIBRAS com a finalidade de potencializar a comunicação e o aluno receber em horário diverso, apoio especializado, e por ultimo e não menos importante um salário digno.
Os professores expressam durante a pesquisa a necessidade de realizarem cursos de formação continuada para estarem aptos a receber o aluno surdo em sala de aula.
De acordo com as leis em vigor, os professores, em qualquer modalidade que estejam inseridos no contexto de educação de surdos, necessitam de formação adequada. É necessário que o professor conheça e compreenda a língua utilizada pelo aluno surdo, as várias formas de expressão por ele utilizada. Por isso é importante participar de cursos de capacitação que possibilitem aprender a língua oficial dos surdos, ou seja, a LIBRAS.
Fica evidenciado então que os professores sentem a necessidade de se aperfeiçoarem para oferecerem um ensino de melhor qualidade aos alunos que possuem necessidades educativas especiais.


















CONCLUSÃO

Analisando a situação existente em nosso país, podemos constatar que nas últimas décadas, foi empreendido inegável esforço por parte de determinados segmentos sociais e políticos no sentido de incluir em várias leis o direito à igualdade educacional e atendimento integrado de aluno com deficiência auditiva na rede regular de ensino. Mesmo com o respaldo legal, observamos que o sistema educacional não se estruturou para oferecer essa modalidade de ensino.
Nossos estudos não se propõem a resultados definitivos. São reflexões e discussões em relação às experiências das professoras do ensino regular da Escola de Ensino Fundamental Pe. José van Esch, no processo de inclusão do aluno surdo.  A inclusão é igualmente um motivo que força o aprimoramento da capacitação profissional dos professores em serviços determinando a formação dos educandos. Entendemos que a inclusão não é de interesse apenas dos alunos com deficiência auditiva, uma vez que ao inserimos este educando na escola regular exige-se da instituição novos posicionamentos e procedimentos de ensino baseados em concepções e práticas pedagógicas mais apropriadas, além de mudanças na atitude de professores, modos de avaliação e promoção dos alunos para séries e níveis de ensino mais avançados.
Um ponto a ser destacado é como as professoras concebem o aluno surdo, diante do grupo de alunos ouvintes. Nos depoimentos, os vários sentimentos despertados pelas professoras diante da presença do aluno surdo em suas salas, nos retratam a visão concebida dos ouvintes em relação à surdez. Esse discurso aponta que a defasagem na aprendizagem recai unicamente na “deficiência” do aluno, o que na realidade favorece a marginalização do educando antecipando seu fracasso escolar.
Destacamos também a formação dos professores diante da proposta de uma educação inclusiva para alunos com necessidades educacionais especiais. Formação esta, que contemple cursos, debates, seminários, reflexões teóricas e práticas em relação a essa prática educativa. Sabemos também que são raras as universidades que contemplam, em seu currículo, uma disciplina voltada à área da Educação Especial, a qual possa orientar os professores quanto ao desenvolvimento do trabalho com esses alunos, em especial, os surdos.
Outro aspecto importante a ser considerado e que emergiu várias vezes no discurso das professoras é a questão da linguagem. Compreendemos que se faz necessário a inserção da língua de sinais – LIBRAS, nos espaços escolares, deixando de ser utilizada apenas como recurso pelo professor intérprete.
Dessa maneira, a escola é o centro de referência no acesso ao conhecimento, com vistas ao preparo do aluno para a vida. Para que isto se torne realidade é essencial que os direitos dos alunos sejam atendidos, e as dificuldades das escolas sejam conhecidas, com a intenção de buscar soluções.
Se a educação de surdos, na perspectiva das políticas públicas, está voltada para a garantia de acesso e permanência do aluno surdo no sistema regular de ensino, por outro lado, na prática é lamentável que a maior parte das instituições não esteja devidamente preparada para cumprir o que prescreve a lei. Em relação aos educadores, podemos dizer que são poucos os que têm formação para trabalhar com a inclusão educacional, e muitos se negam a adquirir conhecimentos sobre a questão.
Dessa forma, torna-se necessária uma preparação prévia desse professor, a redução de números de alunos por turma, uma estrutura física adequada e o apoio especializado ao docente regular, acompanhamento permanente aos pais e uma campanha de conscientização com a comunidade sobre a problemática da inclusão do surdo em classe regular.
Em relação à inclusão educacional do aluno surdo, cada situação é única e apresenta características particulares, sendo que o professor deve incorporar mecanismos (pesquisa, reflexão, intercâmbio de experiências, debates) que permitam conhecer com mais profundidade a integração do aluno surdo em classe regular de ensino, vencendo os desafios inerentes a este processo. Proporcionar ao aluno surdo, boas condições de convivência é uma maneira de aprimorar suas habilidades e, quando há dificuldades na integração com os demais colegas, devemos interferir, propondo atividades em grupos, o que levará as crianças a interagirem, escolhendo parcerias a partir de interesses comuns e da aceitabilidade, ressaltando e elogiando cada avanço do aluno surdo, a fim de despertar, nele, a autoconfiança.

Um fator importante a ser realçado é o de que o processo de inclusão não deve ser responsabilidade apenas do professor, mas uma conquista que exige muito estudo, trabalho, dedicação de todas as pessoas envolvidas nesse processo: aluno surdo, família, professores, em geral, alunos ouvintes e sociedade. E, na sala de aula, graças à própria diversidade que apresentam, podem tornar-se agentes diretos do desenvolvimento de cada um e favorecem a construção de personalidades únicas e originais. A educação de um ser humano não deve ater-se apenas a certos meios formais, mas ser vista como um processo de evolução pessoal de alguém que pode fazer sua própria história dentro da sociedade.
Em resumo, apesar de a inclusão educacional não ser um processo fácil, é possível, que o professor aprenda a valorizar cada aluno que seja colocado sob sua responsabilidade, partindo de princípios como: a diversidade é positiva e que todos podem ser parecidos, mas não iguais, merecendo tratamento digno, capaz de valorizar as habilidades de cada um, através de estímulos que oportunizarão o desenvolvimento intelectual e afetivo do mesmo.


































REFERÊNCIAS

ALMEIDA, E. O. C. Leitura e Surdez: um estudo com adultos não oralizados. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental: educação especial. Brasília: MEC, 2008 (Atualidades pedagógicas).

_______, Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC, 2007    

_______. Constituição Federal (1988). Brasília,DF: Imprensa Oficial, 1988

______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, nº. 9.394/96. Brasília, DF: Senado Federal, 1996.

______. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008.

_______. Caracterização dos tipos de educandos portadores de deficiência auditiva. Programa de capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental – Deficiência Auditiva, Vol. 1. Séries Atualidades Pedagógicas 04, Brasília: MEC/ SEESP, 1997. (pp. 53-55).

________. Deficiência Auditiva – Secretaria de Educação Especial – Série Atualidades
Pedagógicas, Brasília: MEC/SEESP, 1997.

CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL. A Declaração de Salamanca sobre Princípios, Política e Prática em Educação Especial. 1994. <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em: junho de 2011.

FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Positivo, 2004

GOLDFELD, M. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 2ª ed. Editora Plexus, 2002.

INCLUSÃO: REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL / SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL. A Política Nacional de Educação especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília.v.4. n.1. p.7-17. jan. / jun. 2008.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Disponível em:
<http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php>. Acesso em: junho de 2011.

SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão, construindo uma sociedade para todos. RJ: WVA, 1997.
SACKS, Oliver. Vendo Vozes: uma viagem ao mundo dos Surdos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
UNESCO. Declaração de Salamanca: Sobre os Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Brasília:

WCEFA - CONFERÊNCIA MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS. Declaração mundial sobre educação para todos e Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien, Tailândia: março de 1990.




























         ANEXOS











Anexo 1 – Carta ao Diretor

Sr(a) Diretor(a),
Venho pelo presente, solicitar sua anuência para aplicar questionário junto aos professores desta escola que tem alunos surdos incluídos em sua sala de aula.
Este questionário é um instrumento para coleta de dados a ser utilizado no Projeto de Pesquisa - Inclusão do aluno com deficiência auditiva no ensino regular na escola de ensino fundamental Pe. José van Esch - que tem como objetivo conhecer a expectativa do professor quanto ao processo de inclusão dos alunos surdos na sala de aula do ensino regular.
Sua colaboração é imprescindível para o sucesso deste projeto.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer outras informações que se fizerem necessárias.

Desde já agradecemos,
Cordialmente,
Ana Rosa Barata Coelho
Francisca Andréia Noberto Dantas










Anexo 2 - Carta ao Professor

Prezado Colega,

Em princípio gostaríamos de agradecer pela cooperação e pela atenção dispensada em responder este questionário que se destina a coleta de informações que irão compor nosso Projeto de Pesquisa do Curso de Pós- Graduação em  Produção de Material Didático com Ênfase na Diversidade.
Acreditamos que suas respostas serão de extrema importância, uma vez que elas nos ajudarão a compreender o atual processo educacional dos alunos surdos da Escola de Ensino Fundamental Pe. José van Esch.
Gostaríamos, ainda, de ressaltar que em momento algum sua identidade será revelada, resguardando, assim, a privacidade das informações aqui prestadas.


Cordialmente,
Ana Rosa Barata Coelho
Francisca Andréia Noberto Dantas










Anexo 3 - Questionário  -  Professores

Identificação Pessoal
Nome (escreva somente as iniciais)

Escola(as) em que trabalha

Período (s)
Série (s) que leciona
Qual sua formação ?


Perguntas
1-Como acontece a comunicação entre o professor (você) e o aluno surdo em sala de aula?
2- Você recebeu capacitação para trabalhar com alunos surdos na sala de inclusão?
3- De que forma acontece a inclusão do aluno surdo na sala de aula?
4- Coloquem aqui seus pareceres em relação à inclusão do aluno surdo na rede regular de     ensino e o que seria necessário para que a qualidade da inclusão dos alunos surdos alcance êxito.





Alfabeto em LIBRAS